domingo, 20 de outubro de 2013

Oitavo Livro Caído da Estante - "Bliss", de Kathryn Littlewood

Claro que não consegui escrever com a frequência que eu gostaria. Tentei estipular prazos para publicar os textos por aqui, mas a vida deu tantas voltas e foi se tornando tão complicada que foi simplesmente impossível organizar tudo. Seja como for, não desisto assim tão fácil. Esse blog é um dos meus novos xodózinhos e preciso fazê-lo funcionar, girar, ser lido, mesmo que não seja lido por ninguém. Faz sentido? Não faz muito sentido? Não importa, já deixei de lado essa coisa de sentido e trouxe para mim o sentimento. Há anos, na verdade. Digressões, digressões, tão infinitamente pessoal como sempre.

O que interessa é que estou lendo um livro juvenil. Não gosto muito de rotulações, hermetismos e divisões, mas sabemos que os livros, geralmente, tem um público alvo para quem eles foram pensados e escritos. Lógico que um adulto pode fazer uma coleção de livros que falem de ratinhos malandros, mas esta não é a maioria, certo? 

Eu trabalho em uma livraria. Paraíso-perdição para quem gosta de livros. Ao mesmo tempo que sei de todas as novidades, acompanho as premiações, converso com pessoas interessantes, me desespero em saber que não vou ler tudo que eu quero porque sempre temos gente escrevendo e escrevendo e escrevendo mais ainda. Autores novos, autores antigos, gente boa, gente ruim e eu acabo lendo um pouco de tudo. Algum crítico literário disse que não lia um livro duas vezes, pois ele não tinha tempo de fazer isso. Concordo. Sempre que estamos lendo um livro pela segunda vez, estamos deixando outro por ser lido. Concordo com isso, mas não consigo seguir, já que leio meu favorito de tempos em tempos. Qual meu livro favorito? Saberão em breve, em um post com fotos especiais.

De tempos em tempos, com a correria dos dias, precisamos atender nas seções dos colegas, então é bom sabermos um pouco de cada coisa. Nesse dia, estava no infantil. E adorando. Vi chegar esse livro - "Bliss" - e me encantei com a capa. Confesso que adoro capas. Às vezes já tenho o livro, mas compro outro só pela capa nova. Essa capa mostrava crianças dentro de uma loja de doces com luzes mágicas circulando. Um desenho muito bem feito que aguçou minha curiosidade.


O livro, que será uma trilogia, conta a história da família Bliss, pacíficos confeiteiros de uma cidade pequena na Inglaterra. Seus bolos, tortas, muffins e outros fazem a alegria da cidade. Purdy e Albert são os pais de quatro filhos, todos com nomes com significado duplo em inglês, são nomes de gente e também nomes de especiarias. O mais velho é Thyme, ou Ty (Tomilho), seguido de Rosemary (Alecrim), ou Rose, a grande protagonista da história; Sage (Sálvia) e Leigh, diminutivo de Parsley (Salsa ou Salsinha). 

A graça da história é que a família Bliss é formada por centenários confeiteiros mágicos. Suas receitas curam doenças, regeneram sentimentos, fazem de tudo para que as pessoas ao redor fiquem bem. A fama é tão grande que os dois responsáveis pela Confeitaria Bliss, Albert e Purdy são chamados para resolver uma calamidade na cidade vizinha, deixando os filhos tomando conta de tudo, com a ajuda de uma das vizinhas e Chip, o cozinheiro/faz-tudo. Aprontam de tudo com a ajuda de uma tia que aparece no meio da noite. 

Um livro muito divertido. Recomendo!